Nos Açores, no mês de julho, no conjunto da hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural registaram-se 638,5 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de 2,5%.
Panorama Geral
Em julho, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 638,5 mil dormidas, valor superior em 2,5% ao registado no mês homólogo.
Quadro 1 – Hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural – Resultados gerais
O mercado nacional (residentes em Portugal) registou 114,6 mil dormidas (17,9% do total), correspondendo a uma diminuição de 6,0%, face ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as dormidas dos mercados externos (residentes no estrangeiro) foram 524,0 mil (82,1% do total), registando um aumento, em termos homólogos, de 4,5%. Relativamente ao número de hóspedes, este foi de 179,5 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 2,0%. A estada média situou-se nas 3,56 noites, com um aumento, em termos homólogos, de 0,5%.
Considerando o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o alojamento local concentrou 48,6% da totalidade de dormidas (310,5 mil dormidas), seguindo-se a hotelaria com 45,9% (293,1 mil dormidas) e o turismo no espaço rural com 5,5% (34,9 mil dormidas).
Figura 1 – Peso das dormidas no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (julho de 2025)
Analisando os principais mercados externos (residentes no estrangeiro), em julho, os Estados Unidos da América foram o maior mercado emissor, com 77,1 mil dormidas (14,7% do subtotal – dormidas de residentes no estrangeiro) e um aumento homólogo de 1,6%, seguindo-se a Espanha, com 75,8 mil dormidas (14,5% do subtotal) e uma variação homóloga positiva de 1,1%, e a Alemanha, com 70,3 mil dormidas (13,4% do subtotal) e um acréscimo homólogo de 8,3%.
Quadro 2 – Hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural – Dormidas por mercados emissores
Os mercados que apresentaram maior variação homóloga positiva foram os da Polónia (61,3%), Israel (57,9%) e Hungria (37,8%). Por outro lado, verificaram-se os maiores decréscimos homólogos nos mercados da Eslovénia (-31,9%), Países Baixos (-10,5%), Canadá (-9,4%) e Reino Unido (-9,3%).
No período acumulado de janeiro a julho, o total de dormidas atingiu 2,6 milhões, representando um acréscimo face ao período homólogo de 6,1%. Relativamente aos hóspedes, o número total foi 777,3 milhares, valor superior em 6,0% relativamente ao período homólogo. Neste período, a estada média situou-se nas 3,29 noites, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 0,1%.
Entre julho de 2023 e julho de 2025, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o registo mais elevado de dormidas, nos Açores, ocorreu em agosto de 2024, com 676,7 mil dormidas.
Figura 2 – Dormidas no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico
No país, em julho, as dormidas apresentaram uma variação homóloga positiva de 3,5%.
Hotelaria + Alojamento Local
Considerando apenas os dois tipos mais representativos de estabelecimentos de alojamento turístico, hotelaria e alojamento local, com 94,5% do total de dormidas no mês de julho, registaram-se 603,6 mil dormidas, com uma variação homóloga positiva de 2,1%.
O mercado nacional (residentes em Portugal) garantiu 110,1 mil dormidas, correspondendo a uma diminuição homóloga de 6,3%, enquanto os mercados externos (residentes no estrangeiro) contribuíram com 493,5 mil dormidas, registando um acréscimo, em termos homólogos, de 4,2%. O registo de hóspedes atingiu 169,3 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 1,4%. A estada média situou-se nas 3,56 noites, com um aumento, em termos homólogos, de 0,7%.
No período acumulado de janeiro a julho, na hotelaria e no alojamento local, registaram-se 2,4 milhões de dormidas, valor superior em 5,5% ao registado no mesmo período homólogo.
Quadro 3 – Hotelaria e Alojamento local – Resultados gerais
Para estes dois tipos de estabelecimentos de alojamento turístico, em julho, as ilhas que apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas foram: Flores (8,1%), Corvo (4,1%), Graciosa (3,7%), Pico (3,6%), Faial (2,6%), São Miguel (2,5%) e São Jorge (2,0%). Em sentido inverso, as ilhas Santa Maria (-5,2%) e Terceira (-1,8%) apresentaram variação homóloga negativa nas dormidas.
Neste mês, a ilha de São Miguel, com 399,4 mil dormidas, concentrou 66,2% do total de dormidas da hotelaria e alojamento local, seguindo-se as ilhas Terceira, com 76,6 mil dormidas (12,7%), Pico, com 45,0 mil dormidas (7,5%), e Faial, com 37,8 mil dormidas (6,3%).
Quadro 4 – Hotelaria e Alojamento local – Dormidas por Ilha
Analisando as dormidas, por mercados, na hotelaria e alojamento local, para os Açores, o mercado nacional (residentes em Portugal) garantiu 18,2% do total, enquanto os mercados externos (residentes no estrangeiro) contribuíram com 81,8%. O mercado nacional destacou-se, com maior peso nas dormidas, na ilha Graciosa (68,8%). Analisando os principais mercados externos, para os dois tipos mais representativos de estabelecimentos de alojamento turístico, o mercado espanhol foi o principal mercado externo para os Açores (12,3%) e nas ilhas Flores (17,0%), São Miguel (15,2%) e Corvo (11,9%). O mercado alemão destacou-se no Pico (19,7%), Faial (15,6%) e São Jorge (11,7%). Os Estados Unidos da Améria foram o principal mercado externo na Terceira (13,6%), Santa Maria (10,2%) e Graciosa (6,5%).
Figura 3 – Peso das dormidas, por mercados residentes em Portugal (PT) e residentes no estrangeiro (ET), na hotelaria e alojamento local, para o total Açores e por ilha (julho 2025)
Hotelaria
No mês de julho, nos Açores, a hotelaria registou 293,1 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga negativa de 0,5%. O mercado nacional (residentes em Portugal) garantiu 72,0 mil dormidas, correspondendo a uma diminuição homóloga de 5,3%, enquanto os mercados externos (residentes no estrangeiro) contribuíram com 221,1 mil dormidas, registando um aumento, em termos homólogos, de 1,2%. O registo de hóspedes atingiu 91,6 mil, apresentando uma taxa de variação negativa de 0,5% relativamente ao mesmo mês do ano anterior. A estada média situou-se nas 3,20 noites, presentando o mesmo valor do mês homólogo.
No período acumulado de janeiro a julho, na hotelaria, registaram-se 1,3 milhões de dormidas, valor superior em 3,0% ao registado no mesmo período homólogo.
Quadro 5 – Hotelaria – Resultados gerais
Neste mês, a taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria atingiu os 71,9%, o que representou uma diminuição de 1,6 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior e a taxa líquida de ocupação-quarto atingiu os 81,6%, representando um decréscimo em termos homólogos de 1,1 p.p..
Os proveitos totais, no mês de julho, registaram uma variação homóloga positiva de 11,7%, atingindo 32,7 milhões de euros, e os proveitos de aposento tiveram uma variação positiva de 5,3%, relativamente ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 25,4 milhões de euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 137,98 euros e por quarto utilizado (ADR) foi de 169,18 euros.
Na hotelaria, em julho, as ilhas que apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas foram: Pico (9,3%), São Jorge (5,5%), Corvo (0,4%), Graciosa (0,2%) e São Miguel (0,1%). Em sentido inverso, as ilhas Flores (-28,9%), Santa Maria (-7,0%), Terceira (-2,8%) e Faial (-1,1%) apresentaram variação homóloga negativa nas dormidas.
Neste mês, a ilha de São Miguel, com 199,5 mil dormidas, concentrou 68,1% do total de dormidas da hotelaria, seguindo-se as ilhas Terceira, com 44,6 mil dormidas (15,2%), Faial, com 17,9 mil dormidas (6,1%), e Pico, com 13,8 mil dormidas (4,7%).
Quadro 6 – Hotelaria – Dormidas por Ilha
No país, em julho, as dormidas na hotelaria apresentaram uma variação homóloga positiva de 3,9%.
Alojamento Local
No mês de julho, nos Açores, o alojamento local registou 310,5 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga positiva de 4,6%. O mercado nacional (residentes em Portugal) garantiu 38,2 mil dormidas, correspondendo a um decréscimo homólogo de 8,0%, enquanto os mercados externos (residentes no estrangeiro) contribuíram com 272,4 mil dormidas, registando um acréscimo, em termos homólogos, de 6,7%. O registo de hóspedes atingiu 77,7 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 3,7%. A estada média situou-se nas 3,99 noites, com um aumento, em termos homólogos, de 0,9%.
No período acumulado de janeiro a julho, no alojamento local, registaram-se 1,1 milhões de dormidas, valor superior em 8,6% ao registado no mesmo período homólogo.
Quadro 7 – Alojamento local – Resultados gerais
Neste mês, a taxa bruta de ocupação-cama no alojamento local atingiu 50,8%, o que representou uma diminuição de 0,2 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior.
No alojamento local, em julho, todas as ilhas apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas, com a exceção da ilha Terceira (-0,4%): Flores (18,6%), Corvo (11,5%), Graciosa (10,3%), Faial (6,2%), São Miguel (5,1%), Santa Maria (4,3%), Pico (1,2%) e São Jorge (0,1%).
Neste mês, a taxa bruta de ocupação-cama no alojamento local atingiu 50,8%, o que representou uma diminuição de 0,2 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior.
No alojamento local, em julho, todas as ilhas apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas, com a exceção da ilha Terceira (-0,4%): Flores (18,6%), Corvo (11,5%), Graciosa (10,3%), Faial (6,2%), São Miguel (5,1%), Santa Maria (4,3%), Pico (1,2%) e São Jorge (0,1%).
Neste mês, a ilha de São Miguel, com 199,9 mil dormidas, concentrou 64,4% do total de dormidas do alojamento local, seguindo-se as ilhas Terceira, com 32,0 mil dormidas (10,3%), Pico, com 31,3 mil dormidas (10,1%), e Faial, com 19,9 mil dormidas (6,4%)
Quadro 8 – Alojamento local – Dormidas por Ilha
Das respostas declaradas no mês de julho, 10,9% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes.
Turismo no Espaço Rural
No mês de julho, nos Açores, o turismo no espaço rural registou 34,9 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga positiva de 9,7%. O mercado nacional (residentes em Portugal) garantiu 4,4 mil dormidas, correspondendo a um acréscimo homólogo de 2,2%, enquanto os mercados externos (residentes no estrangeiro) contribuíram com 30,5 mil dormidas, registando um acréscimo, em termos homólogos, de 10,9%.
Quadro 9 – Turismo no espaço rural – Resultados gerais
O registo de hóspedes atingiu 10,2 mil, apresentando uma taxa de variação positiva de 11,9% relativamente ao mês homólogo. A estada média situou-se nas 3,42 noites, com uma diminuição, em termos homólogos, de 2,0%.
No período acumulado de janeiro a julho, no turismo no espaço rural, registaram-se 120,3 mil dormidas, valor superior em 19,3% ao registado no mesmo período do ano anterior.
Neste mês, a taxa líquida de ocupação-cama no turismo no espaço rural atingiu 53,6%, o que representou uma diminuição de 3,0 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior e a taxa líquida de ocupação-quarto atingiu os 62,0%, o mesmo valor do mês homólogo.
Os proveitos totais, no mês de julho, registaram uma variação homóloga positiva de 21,7%, atingindo 3,9 milhões de euros, e os proveitos de aposento tiveram uma variação positiva de 18,9% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 3,4 milhões de euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 118,76 euros e por quarto utilizado (ADR) foi de 191,52 euros.
Nota metodológica
O Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA) divulga, desde fevereiro de 2025, um único destaque mensal da Atividade Turística, a 30 dias, com informação sobre a hotelaria (hotéis, hotéis-apartamentos, pousadas, apartamentos turísticos), alojamento local (10 e mais camas e menos de 10 camas: moradias, apartamentos, quartos, estabelecimento de hospedagem e hostels) e turismo no espaço rural (hotéis-rurais, casas de campo, agroturismo, turismo de habitação e alojamento rural).
A informação divulgada para a hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural tem como fonte os valores registados no Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos.
Os resultados para a hotelaria e turismo no espaço rural têm por base as respostas declaradas e a estimativa de não respostas, enquanto no alojamento local apenas são consideradas as respostas declaradas. A divulgação do Instituto Nacional de Estatística, I.P. (INE, I.P.) apresenta resultados gerais na hotelaria, alojamento local (apenas 10 e mais camas) e turismo no espaço rural, com estimativas de não-respostas para os três segmentos.
- Os resultados de 2024 (janeiro a dezembro) são definitivos.
- Os resultados de janeiro a junho de 2025 são provisórios e os de julho de 2025 são preliminares.
Entre os resultados preliminares, provisórios e definitivos, ocorrem revisões em função da substituição de respostas provisórias por definitivas e principalmente pela substituição de imputação de não respostas por respostas efetivas.
Na hotelaria e turismo no espaço rural os resultados preliminares de um mês, após revisão, tornam-se provisórios no mês seguinte à sua divulgação, até que sejam revistos para definitivos a meados do ano seguinte, aquando da publicação anual. No alojamento local os resultados provisórios são revistos todos os meses até divulgação dos resultados definitivos.
Hóspede: indivíduo que efetua pelo menos uma dormida num estabelecimento de alojamento turístico.
Dormida: permanência de um indivíduo num estabelecimento que fornece alojamento, por um período compreendido entre as 12 horas de um dia e as 12 horas do dia seguinte.
Estada média: relação entre o número de dormidas e o número de hóspedes que deram origem a essas dormidas, no período de referência.
Taxa líquida de ocupação-cama: corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas disponíveis, no período de referência, considerando como duas as camas de casal.
Taxa bruta de ocupação-cama: corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas existentes, no período de referência, considerando como duas as camas de casal. Para o alojamento local são consideradas as camas existentes nos estabelecimentos com resposta declarada com movimento de hóspedes.
Taxa líquida de ocupação-quarto: corresponde à relação entre o número de quartos ocupados e o número de quartos disponíveis, no período de referência.
Proveitos totais: valores resultantes da atividade dos meios de alojamento turístico – aposento, restauração e outros decorrentes da própria atividade (cedência de espaços, lavandaria, tabacaria, comunicações, entre outros).
Proveitos de aposento: valores resultantes das dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico.
Hotelaria: Estão incluídos: hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos e pousadas.
Alojamento local: Estabelecimento que presta serviços de alojamento temporário mediante remuneração,
nomeadamente a turistas, e reúne os requisitos previstos na legislação em vigor, com exclusão dos requisitos específicos dos empreendimentos turísticos. Pode assumir as modalidades de moradias, apartamentos, estabelecimentos de hospedagem (incluindo os hostels). Nota: Incluem-se as pensões, albergarias, motéis e estalagens anteriormente classificadas como Outros alojamentos turísticos.
Turismo no espaço rural: estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento a turistas em espaços rurais, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, de modo a preservar e valorizar o património arquitetónico, histórico, natural e paisagístico da respetiva região.
Pousada: Estabelecimento hoteleiro instalado em imóvel classificado como monumento nacional de interesse público, regional ou municipal e que, pelo valor arquitetónico e histórico, seja representativo de uma determinada época e se situe fora de zonas turísticas dotadas de suficiente apoio hoteleiro.
RevPAR (Revenue Per Available Room): Rendimento por quarto disponível, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis, no período de referência.
ADR (Average Daily Rate): Rendimento por quarto utilizado, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos utilizados, no período de referência.
Variações homólogas mensais: comparação entre o nível de cada variável no mês de referência e o mesmo mês do ano anterior. Valores arredondados a uma casa decimal.
Por razões de arredondamento, os totais podem não corresponder à soma das parcelas indicadas.
Sinais convencionais: Unidades de Medida, Siglas e Abreviaturas
Tvh (%) – Taxa de variação homóloga
V. hom. (p.p.) – Variação homóloga em diferença (pontos percentuais)
… – Dado confidencial
– – Dado nulo ou não aplicável
x – Dado não disponível
