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Serviço Regional de Estatística dos Açores

Atividade Turística – fevereiro 2025

Nos Açores, no mês de fevereiro, no conjunto da hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural registaram-se 162,3 mil dormidas, representando um acréscimo homólogo de 2,5%.

Panorama Geral

Em fevereiro, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural) dos Açores registaram-se 162,3 mil dormidas, valor superior em 2,5% ao registado no mês homólogo.

Quadro 1 – Hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural – Resultados gerais

O mercado nacional (residentes em Portugal) registou 85,9 mil dormidas (53,0% do total), correspondendo a uma diminuição de 1,8%, face ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as dormidas dos mercados externos (residentes no estrangeiro) foram 76,3 mil (47,0% do total), registando um aumento, em termos homólogos, de 7,9%. Relativamente ao número de hóspedes, este foi de 57,6 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 9,2%. A estada média situou-se nas 2,82 noites, com uma diminuição, em termos homólogos, de 6,1%.

Considerando o conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, a hotelaria concentrou 62,4% da totalidade de dormidas (101,2 mil dormidas), seguindo-se o alojamento local com 34,0% (55,1 mil dormidas) e o turismo no espaço rural com 3,6% (5,9 mil dormidas).

Figura 1 – Peso das dormidas no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (fevereiro de 2025)

Analisando os principais mercados externos, em fevereiro, os Estados Unidos da América foram o maior mercado emissor, com 13,0 mil dormidas (17,1% do subtotal – dormidas de residentes no estrangeiro) e uma diminuição homóloga de 8,0%, seguindo-se a Alemanha, com 12,2 mil dormidas (16,0% do subtotal) e uma variação homóloga positiva de 26,4%, e o Canadá, com 9,8 mil dormidas (12,9% do subtotal) e um acréscimo homólogo de 4,6%.

Quadro 2 – Hotelaria, alojamento local e turismo no espaço rural – Dormidas por mercados emissores

Os mercados que apresentaram maior variação homóloga positiva foram os da Hungria (93,2%), Áustria (51,7%), Israel (46,3%) e Chéquia (44,1%). Por outro lado, verificaram-se os maiores decréscimos homólogos nos mercados do Brasil (-20,5%), Itália (-16,6%) e Bélgica (-15,9%).

No período acumulado de janeiro a fevereiro, o total de dormidas atingiu 294,9 milhares, representando um acréscimo face ao período homólogo de 6,2%. Relativamente aos hóspedes, o número total foi 106,3 milhares, valor superior em 12,1% relativamente ao período homólogo. Neste período, a estada média situou-se nas 2,77 noites, apresentando uma taxa de variação homóloga negativa de 5,3%.

Entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2025, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o registo mais elevado de dormidas, nos Açores, ocorreu em agosto de 2024, com 672,3 mil dormidas.

Figura 2 – Dormidas no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico

No país, em fevereiro, as dormidas apresentaram uma variação homóloga negativa de 2,5%.

Hotelaria + Alojamento Local

Considerando apenas os dois tipos mais representativos de estabelecimentos de alojamento turístico, hotelaria e alojamento local, com 96,4% do total de dormidas no mês de fevereiro, registaram-se 156,4 mil dormidas, com uma variação homóloga positiva de 1,3%.

O mercado nacional garantiu 84,2 mil dormidas, correspondendo a uma diminuição homóloga de 2,4%, enquanto os mercados externos contribuíram com 72,2 mil dormidas, registando um acréscimo, em termos homólogos, de 6,0%. O registo de hóspedes atingiu 55,9 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 8,7%. A estada média situou-se nas 2,80 noites, com uma diminuição, em termos homólogos, de 6,8%.

De janeiro a fevereiro, na hotelaria e no alojamento local, registaram-se 284,2 mil dormidas, valor superior em 5,1% ao registado no mesmo período homólogo.

Quadro 3 – Hotelaria e Alojamento local – Resultados gerais

Para estes dois tipos de estabelecimentos de alojamento turístico, em fevereiro, as ilhas que apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas foram: São Jorge (48,7%), Flores (21,4%), Terceira (2,7%), Faial (2,2%) e São Miguel (1,1%). Em sentido inverso, as ilhas Graciosa (-49,1%), Corvo (-19,9%), Santa Maria (-13,9%) e Pico (-6,1%) apresentaram variação homóloga negativa nas dormidas.

Neste mês, a ilha de São Miguel, com 114,4 mil dormidas, concentrou 73,2% do total de dormidas da hotelaria e alojamento local, seguindo-se as ilhas Terceira, com 24,9 mil dormidas (15,9%), Faial, com 7,7 mil dormidas (4,9%), e Pico, com 4,0 mil dormidas (2,5%).

Quadro 4 – Hotelaria e Alojamento local – Dormidas por Ilha

Analisando as dormidas, por mercados (residentes em Portugal e não residentes), na hotelaria e alojamento local, para os Açores, o mercado nacional garantiu 53,8% do total, enquanto os mercados externos contribuíram com 46,2%. Em todas as ilhas dos Açores, com exceção de São Miguel, o mercado nacional teve um maior peso nas dormidas, sendo mais expressivo nas ilhas Graciosa (92,3%), Corvo (84,0%) e Santa Maria (83,1%).

Analisando os principais mercados externos, o mercado norte americano foi o principal mercado externo para os Açores (8,0%) e nas ilhas São Miguel (8,5%), São Jorge (8,0%), Terceira (7,7%) e Santa Maria (5,2%). Nas ilhas Pico, Flores e Faial, a Alemanha foi o principal mercado externo com 14,3%, 9,8% e 5,8% respetivamente. O principal mercado externo no Corvo foi a Espanha (9,3%) e na Graciosa foi o Reino Unido (4,5%).

Figura 3 – Peso das dormidas, por mercados (residentes em Portugal e não residentes) na hotelaria e alojamento local, para o total Açores e por ilha (fevereiro 2025)

Hotelaria

No mês de fevereiro, nos Açores, a hotelaria registou 101,2 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga positiva de 2,2%. O mercado nacional garantiu 62,3 mil dormidas, correspondendo a uma diminuição homóloga de 3,7%, enquanto os mercados externos contribuíram com 38,9 mil dormidas, registando um aumento, em termos homólogos, de 13,4%. O registo de hóspedes atingiu 41,2 mil, apresentando uma taxa de variação positiva de 10,6% relativamente ao mesmo mês do ano anterior. A estada média situou-se nas 2,45 noites, com uma diminuição, em termos homólogos, de 7,6%.

De janeiro a fevereiro, registaram-se 182,2 mil dormidas, valor superior em 6,5% ao registado no período homólogo.

Quadro 5 – Hotelaria – Resultados gerais

Neste mês, a taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria atingiu 30,9%, o que representou um aumento de 0,9 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior e a taxa líquida de ocupação-quarto atingiu os 38,2%, representando um acréscimo em termos homólogos de 0,6 p.p.

Os proveitos totais, no mês de fevereiro, registaram uma variação homóloga positiva de 9,5%, atingindo 5,8 milhões de euros, e os proveitos de aposento tiveram uma variação positiva de 10,5% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 4,0 milhões de euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 25,63 euros e por quarto utilizado (ADR) foi de 67,07 euros.

Na hotelaria, em fevereiro, as ilhas que apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas foram: São Jorge (39,3%), Pico (23,2%), Terceira (7,6%) e São Miguel (1,6%). Em sentido inverso, as ilhas Graciosa (- 65,0%), Santa Maria (-25,4%), Corvo (-11,6%), Flores (-7,8%) e Faial (-3,2%) apresentaram variação homóloga negativa nas dormidas.

Neste mês, a ilha de São Miguel, com 72,2 mil dormidas, concentrou 71,4% do total de dormidas da hotelaria, seguindo-se as ilhas Terceira, com 19,0 mil dormidas (18,8%), Faial, com 4,9 mil dormidas (4,8%), e Pico, com 2,0 mil dormidas (1,9%).

Quadro 6 – Hotelaria – Dormidas por Ilha

No país, em fevereiro, as dormidas na hotelaria apresentaram uma variação homóloga negativa de 2,3%. 

Alojamento Local

No mês de fevereiro, nos Açores, o alojamento local registou 55,1 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga negativa de 0,4%. O mercado nacional garantiu 21,9 mil dormidas, correspondendo a um acréscimo homólogo de 1,4%, enquanto os mercados externos contribuíram com 33,3 mil dormidas, registando um decréscimo, em termos homólogos, de 1,5%. O registo de hóspedes atingiu 14,7 mil, apresentando uma taxa de variação homóloga positiva de 3,6%. A estada média situou-se nas 3,76 noites, com uma diminuição, em termos homólogos, de 3,8%.

De janeiro a fevereiro, no alojamento local, registaram-se 101,9 mil dormidas, valor superior em 2,7% ao registado no mesmo período homólogo.

Quadro 7 – Alojamento local – Resultados gerais

Neste mês, a taxa de ocupação-cama no alojamento local atingiu 23,0%, o que representou um aumento de 0,6 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior.

No alojamento local, em fevereiro, as ilhas que apresentaram variação homóloga positiva nas dormidas foram: Santa Maria (103,2%), São Jorge (66,4%), Flores (51,0%), Faial (12,9%) e São Miguel (0,4%). Em sentido inverso, as ilhas Corvo (-36,7%), Pico (-23,8%), Graciosa (-20,2%) e Terceira (-10,4%) apresentaram variação homóloga negativa nas dormidas.

Neste mês, a ilha de São Miguel, com 42,2 mil dormidas, concentrou 76,5% do total de dormidas do alojamento local, seguindo-se as ilhas Terceira, com 5,9 mil dormidas (10,8%), Faial, com 2,8 mil dormidas (5,2%), e Pico, com 2,0 mil dormidas (3,6%).

Quadro 8 – Alojamento local – Dormidas por Ilha

Das respostas declaradas no mês de fevereiro, 63,4% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes.

Turismo no Espaço Rural

No mês de fevereiro, nos Açores, o turismo no espaço rural registou 5,9 mil dormidas, apresentando uma variação homóloga positiva de 51,5%. O mercado nacional garantiu 1,8 mil dormidas, correspondendo a um acréscimo homólogo de 44,3%, enquanto os mercados externos contribuíram com 4,1 mil dormidas, registando um acréscimo, em termos homólogos, de 54,8%. O registo de hóspedes atingiu 1,7 mil, apresentando uma taxa de variação positiva de 29,7% relativamente ao mês homólogo. A estada média situou-se nas 3,42 noites, com um aumento, em termos homólogos, de 16,8%.

Quadro 9 – Turismo no espaço rural – Resultados gerais

De janeiro a fevereiro, no turismo no espaço rural, registaram-se 10,7 mil dormidas, valor superior em 46,3% ao registado no mesmo período do ano anterior.

Neste mês, a taxa líquida de ocupação-cama no turismo no espaço rural atingiu 19,8%, o que representou um aumento de 5,1 p.p. face ao mesmo mês do ano anterior e a taxa líquida de ocupação-quarto atingiu os 22,4%, representando um aumento em termos homólogos de 3,6 p.p.

Os proveitos totais, no mês de fevereiro, registaram uma variação homóloga positiva de 16,1%, atingindo 525,3 mil euros, e os proveitos de aposento tiveram uma variação positiva de 10,4% relativamente ao mesmo mês do ano anterior, totalizando 395,2 mil euros. O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 29,84 euros e por quarto utilizado (ADR) foi de 133,33 euros.

Nota metodológica

A partir de fevereiro de 2025, com a divulgação dos dados de janeiro de 2025, o SREA passa a divulgar um único destaque mensal da Atividade Turística, a 30 dias, com informação sobre a hotelaria (hotéis, hotéis-apartamentos, pousadas, apartamentos turísticos), alojamento local (10 e mais camas e menos de 10 camas: moradias, apartamentos, quartos, estabelecimento de hospedagem e hostels) e turismo no espaço rural (hotéis-rurais, casas de campo, agroturismo, turismo de habitação e alojamento rural).

A informação divulgada na hotelaria, no alojamento local e no turismo no espaço rural recorre aos valores registados no Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos.

Os dados para a hotelaria e turismo no espaço rural têm por base as respostas declaradas e a estimativa de não respostas, enquanto no alojamento local apenas são consideradas as respostas declaradas. A divulgação do Instituto Nacional de Estatística, I.P. (INE, I.P.) apresenta dados gerais na hotelaria, alojamento local (apenas 10 e mais camas) e turismo no espaço rural, com estimativas de não-respostas para os três segmentos.

  • Os resultados de janeiro de 2025 são provisórios e os de fevereiro de 2025 são preliminares.

Entre os resultados preliminares, provisórios e definitivos, ocorrem revisões em função da substituição de respostas provisórias por definitivas e principalmente pela substituição de imputação de não respostas por respostas efetivas. Na hotelaria e turismo no espaço rural os dados preliminares de um mês, após revisão, tornam-se provisórios no mês seguinte à sua divulgação, até que sejam revistos para definitivos a meados do ano seguinte, aquando da publicação anual. No alojamento local os dados provisórios são revistos todos os meses até divulgação dos dados definitivos.

Hóspede: indivíduo que efetua pelo menos uma dormida num estabelecimento de alojamento turístico.

Dormida: permanência de um indivíduo num estabelecimento que fornece alojamento, por um período compreendido entre as 12 horas de um dia e as 12 horas do dia seguinte.

Estada média: relação entre o número de dormidas e o número de hóspedes que deram origem a essas dormidas, no período de referência.

Taxa líquida de ocupação-cama: corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas disponíveis, no período de referência, considerando como duas as camas de casal.

Taxa de ocupação-cama: corresponde à relação entre o número de dormidas e o número de camas de referência, no período de referência, considerando como duas as camas de casal.

Taxa líquida de ocupação-quarto: corresponde à relação entre o número de quartos ocupados e o número de quartos disponíveis, no período de referência.

Proveitos totais: valores resultantes da atividade dos meios de alojamento turístico – aposento, restauração e outros decorrentes da própria atividade (cedência de espaços, lavandaria, tabacaria, comunicações, entre outros).

Proveitos de aposento: valores resultantes das dormidas de todos os hóspedes nos meios de alojamento turístico.

Hotelaria: Estão incluídos: hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos e pousadas.

Alojamento local: Estabelecimento que presta serviços de alojamento temporário mediante remuneração, nomeadamente a turistas, e reúne os requisitos previstos na legislação em vigor, com exclusão dos requisitos específicos dos empreendimentos turísticos. Pode assumir as modalidades de moradias, apartamentos, estabelecimentos de hospedagem (incluindo os hostels). Nota: Incluem-se as pensões, albergarias, motéis e estalagens anteriormente classificadas como Outros alojamentos turísticos.

Turismo no espaço rural: estabelecimentos que se destinam a prestar serviços de alojamento a turistas em espaços rurais, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, de modo a preservar e valorizar o património arquitetónico, histórico, natural e paisagístico da respetiva região.

Pousada: Estabelecimento hoteleiro instalado em imóvel classificado como monumento nacional de interesse público, regional ou municipal e que, pelo valor arquitetónico e histórico, seja representativo de uma determinada época e se situe fora de zonas turísticas dotadas de suficiente apoio hoteleiro.

RevPAR (Revenue Per Available Room): Rendimento por quarto disponível, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos disponíveis, no período de referência.

ADR (Average Daily Rate): Rendimento por quarto utilizado, medido através da relação entre os proveitos de aposento e o número de quartos utilizados, no período de referência.

Variações homólogas mensais: comparação entre o nível de cada variável no mês de referência e o mesmo mês do ano anterior. Valores arredondados a uma casa decimal.

Por razões de arredondamento, os totais podem não corresponder à soma das parcelas indicadas. 

Sinais convencionais: Unidades de Medida, Siglas e Abreviaturas

Tvh (%) – Taxa de variação homóloga
V. hom. (p.p.) – Variação homóloga em diferença (pontos percentuais)
… – Dado confidencial
– – Dado nulo ou não aplicável
x – Dado não disponível

Próxima data de divulgação: 30 de Abril de 2025

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